O VELHO DO ENGENHO
Velho e com uma só visão
Essa é a lembrança que eu tenho
Daquele velho do engenho a quem tive admiração
Por todos bem conhecido
Foi bom pai foi bom marido
E querido na região
Seu engenho foi referencia
Onde os visinhos moinham
A produção conduzida em tropa de animais
Dentro dos canaviais orientava a produção
Do corte a execução
Dos seus produtos finais
Produzia seu engenho mel alfinin e batida
A rapadura conhecida
A mais doce da região
Sob sua proteção muitos homens que auxilia
Nas moagens que hoje em dia
Se perderam da tradição
Em frente do engenho a casa
Uns vinte metros media
Ao seu lado residia o comprador de algodão
Que era um dos seus filhos
Que um comércio explorava
E a moeda que usava era a troca por producão
Bem velho perdeu a esposa
Anos depois faleceu
Dividiram os bens seu e o engenho desativado
Foi reduzido a ruinas
E as animações antigas
Soteradas no passado
Os abastardos deixaram
O tempo e o vento destruir
Nem lembrança existe mais
Dos que habitaram ali
Casa engenho e vacaria
Aonde a vida fluia deixaram de existir
Horacio da Cunha Lima
Hoje é pouco lembrado
Junto a ele seu legado
Foi pelo tempo esquecido
Talvez que algum amigo ainda tenha em lembrança
As animações do engenho pelo velho promovido
POEMA DEDICADO AO MEU AVÓ HORACIO DA CUNHA LIMA
EMANOEL CARVALHO
10/11/2011